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Itanhaém - SP
A NOITE DE JUDAS - Bp. Lucas Eugênio
A NOITE DE JUDAS
“tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite”. (João 13:30)
Judas, um desses personagens bíblicos que nos inquietam muito. O significado de suas atitudes: Roubo, avareza, ensimesmisse e traição...
O trecho em João, onde há uma ceia antecede a traição de Jesus, se encerra com as palavras: E era já noite.
Satanás entrara no coração, embora o desejo já lhe houvesse colocado (João 13:02), do apóstolo, e, a partir dali dirigiria suas emoções até o remorso, e, enfim a morte. Vemos que satanás age com a costumeira astucia, vista lá princípio com Eva. Ele não vem com toda intensidade num primeiro momento, ele coloca a semente antes (o desejo) e aguarda.
É interessante notarmos ainda, que a matéria prima que o inimigo usa, é fornecida por nós mesmos, ele só incentiva: motivações, desejos, ganancia, etc... Seja qual foi a motivação de Judas, política, para obrigar uma reação de Cristo, em relação a opressão romana, ou por um deformação de caráter, por ser um camarada ruim mesmo, ela foi trabalhada cuidadosamente pelo inimigo.,
A noite citada, é mais do que a escuridão do dia, o periodo que vem após a tarde. - Era a escuridão da alma, de um ser que se sentia fora do lugar; em um espaço que deveria ser dominado pela entrega e renuncia; necessárias.
Entregar o amigo, com quem compartilhou de sua vida durante três anos, por trinta moedas; o preço pago um escravo, morto de forma acidental (Ex.21:32), deveria ser a reflexão de Judas: Valeria a pena?
As ações dos dois, Judas e Jesus contrastavam: Um era ladrão, explorador do povo carente que servia Jesus com seus parcos bens. O outro, Jesus, veio para entregar sua vida em favor dos explorados, marginalizados e esquecidos.
Ambos na mesa, que levava ao passado de dor, amargura e escravidão vividas pelo povo Judeu. Aquele ambiente, onde as famílias se reuniam, numa liturgia única, para a comemoração de uma libertação ocorrida a milhares de anos, seria envolvido por um ar de tragédia: Cristo faria a revelação inesperada: “Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair”. (João 13:21). Um caos emocional envolve a atmosfera da ceia. Quem seria aquele louco, capaz de trair o Filho de Deus!
O SINAL
O pão molhado seria oferecido. Era comum oferece-lo a um visitante importante, era uma questão de honra. No caso de Judas, quem sabe, era uma oportunidade que Jesus estava dlhe dando para repensar!
Ao pegar o pão, que poderia ter sido recusado, entendendo este gesto de Jesus como a chance para sua reflexão, satanás entra em seu coração, domina sua mente, agora já não haveria como voltar atrás, satanás estava com a bola do jogo, passada pelo apóstolo Judas.
Sua historia agora, toma outra cor, a de sangue, produzido por uma traição que se tornaria histórica.
Judas seguiu seu coração naquele instante, maligno. Um coração, então, dominado por uma ambição, antiga, satânica.
Ele aceitara o pão, que o credenciaria a ser O TRAIDOR.
Era noite, a visão confusa da vida que deixaria de viver. Era noite, onde o pior sempre acontece. Era noite para Judas,a noite do tropeço, da queda definitiva, do beijo amigo e traidor, daquele que andou com Cristo sem nada aprender. Noite dos assombros, sustos e dos medos. Era noite, o príncipe das trevas com seu plano em cena, parece vencer, Jesus diria: " Ele se aproxima". Não. Ele não venceria. Aquilo tudo foi uma armadilha de Deus, para pegá-lo, para dár-lhe os primeiros golpes, numa batalha com dia certo (só Deus sabe!) de ser vencida por Deus. Era noite, como já houvera sido sempre: Quando este roubava, enganava, mentia, desviava as ofertas, se corrompia... Sempre foi noite para Judas, a despeito de andar com a Luz do Mundo!
A noite de Judas se repete, quando negamos Jesus, com o nossa vida. Com o nosso mau testemunho. Quando nos silenciamos, diante das opressões malignas que acontecem pela política, religião e pregações. Quando deixamos o púlpito para os portadores da mensagem iscariotesca, do dinheiro, da ambição, da corrupção. É a noite que invade lares, famílias e a igreja, naquele que aceita o pão molhado de Judas.
Más, apesar de tudo, a noite da traição nos revelou a Graça, a renuncia de Cristo e o amor de Deus, o amor na sua maior definição, do desinteresse por si mesmo, do dar, do se oferecer, em pró de um povo pecador. O tema da ceia atual, da memória, do anuncio da volta do traído, do auto-exame...
... na noite em que foi traído Jesus tomou o pão, não o pão de Judas, o Pão da vida e disse: “ este é o meu corpo que é partido por vós...
Muita paz minha gente!
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