
Itanhaém - SP
" ISTO TAMBÉM É PECAR" - Bp Lucas Eugênio
Existem pecados que não damos conta que praticamos diariamente sem que percebamos.
Não aqueles cabeludos que a própria sociedade espiritualmente doente; rejeita! Mas, aqueles que inconscientemente de tão normal que é, perigosamente falando, deixamos passar. O título é este porque, devemos entender, que existem pecados não reconhecidos como tais!
Pecados que, ao passarmos pela Palavra, deparamos com ordem de Deus para que os evitemos!
Entre outros, que com certeza vocês se lembrarão, eu anoto aqui, pelos menos quatro (4):
- Da omissão
- Do mau uso da liberdade
- Das palavras
- Do fazer por obrigação
Estes, não chamam tanto a nossa atenção, por sermos complacentes conosco mesmo e achamos que são “pecadinhos”, e não “pecadões” como o da prostituição, por exemplo.
Olha como este nos assusta ao lermos: “Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. (I Coríntios 6:18). Este nos dá a impressão de estarmos no inferno após praticá-lo.
O primeiro que citei acima, é tão grave que a palavra diz claramente, se a necessidade de uma profunda análise veja:
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado”. (Tiago 4:17)
Oras, se eu sei o que devo fazer, se a Bíblia já me orienta sobre o fazer o bem, o que é correto, à alguém, e me nego; peco por omissão! Isto acontece, por boa parte da igreja, ter um conhecimento objetivo, racional da Palavra, sem buscar, por estar satisfeita com o que tem de revelação, o trabalhar do Espírito santo, na vida de cada um. Assim como é evidente o pecado de quem pratica a prostituição, é obvio, no entanto, o pecado de saber fazer o que deve e não faz!
O problema é que encontramos mil e umas desculpas para o não praticar o bem. Entendemos que as pessoas, que seriam alvos do nosso interesse, não merecem, por isto ou por aquilo; acharemos uma boa desculpa para vergonhosa omissão!
Mas olha o que este escrito: “O que despreza ao seu próximo peca, mas o que se compadece dos humildes é bem-aventurado”. (Provérbios 14:2)
O segundo é o da liberdade, a falsa sensação de liberdade.
“Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra de tropeço para os fracos”. (I Coríntios 8:9)
É interessante este versículo, que nos alerta quanto ao uso de nossa liberdade. Não somos ,como pensamos, totalmente livres, temos responsabilidades com o nosso irmão. Não nos permitido fazer tudo, e, sim, o que agrada a Deus, pensando que nossas opções poderão afetar alguém que está do nosso lado ou uma pessoa que se espelha em nós. No uso da liberdade ou de nossa estabilidade espiritual, agimos sem que nada diretamente nos afeta, temos consciência que aquilo é certo; mas, se um irmão fizer o mesmo sem as mesmas condições que temos; ele se torna presa fácil do diabo! Eu sei que posso, de repente, evangelizar vidas em uma boate, isto pode não me afetar! Mas, quando me gabo destas minhas condições perto de um neófito, este pode sentir-se incentivado a fazer o mesmo, e cair!
Veja: Não é pecado até que o irmãozinho caia! Depois... Isto é só um exemplo que serve para um monte de outras situações.
“Quando você peca contra seus irmãos dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles, peca contra Cristo”. (I Coríntios 8:1)
Algumas pessoas sob o pretexto de ser livre usam, por exemplo, este versículo fora do contexto: “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens”. (Atos 5:29)
Assim usam este como desculpa para viver uma vida sem regra. Olham para seu líder, como qualquer um, sem levar em conta o que diz a Palavra de Deus sobre os que exercem o ministério pastoral. Vivem em pecado, em desobediência, por rejeitarem o conhecimento espiritual. A Bíblia ensina o contrário do que buscam a anarquia na Igreja!
Leia: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”. (Hebreus 13:17)
O versículo encerra dizendo, em outras palavras, que há prejuízo geral, se alguém não segue a regra bíblica! Se há alguma coisa errada no altar de sua congregação, não se esqueça, a obra é de Deus; cada um dará conta pelo o erro cometido no altar!
O certo é que o Senhor já estabeleceu as consequências para quem andar no erro; toda ação errada, gerará um reação da santidade de Deus, que chamamos de ira divina!
“Portanto, assim diz o Senhor DEUS: Como te esqueceste de mim, e me lançaste para trás das tuas costas, também carregarás com a tua perversidade e as tuas devassidões”. (Ezequiel 23:35)
Mas, meus irmãos, um erro não poderá ser corrigido com outro erro! Todos darão conta ao pai eterno, não tem saída! O que Ele disse ao pastor de Tiatira? Ele viu muitas qualidades naquela igreja, até que em relação a obras, havia um progresso! Mas, uma coisa, uma ferida se transformara em câncer que corroía aquele povo; leia: “Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria”. (Apocalipse 2:20). Alguém, uma só pessoa, possuída pelo o espírito que agia na rainha Jezabel, estava destruindo aquela obra!
O completaria dizendo sobre o juízo irreversível: “E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu”. (Apocalipse 2:21).
Então, não somos nós que usaremos a espada da santidade para corrigir os erros. Nosso Senhor não está atrás de paladinos, um defensor obstinado. Com certeza, assim como corrigiu o pastor de Tiatira, corrigirá alguém que estiver usando Sua Palavra por interesse próprio ou de forma equivocada!
O alerta para os que querem agir em desobediência em nome da liberdade: “Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus”. (I Pedro 2:16).
Então, não devemos com a desculpa de zelo pela casa de Deus, sairmos ultrapassando os limites impostos pelo próprio Senhor.
“Não é bom ter zelo sem conhecimento, nem ser precipitado e perder o caminho”.
(Provérbios 19:2)
Outro erro é o mau uso das palavras!
Quero chamar atenção daqueles que em nome da franqueza anda matando um monte de gente fragilizada pela vida. Usam como sempre um desconectado apoio bíblico.
Dizem: Está escrito irmãos, é sim, sim, não, não! O problema que para estes estorvos, é sempre sim, nunca não! Derramam um monte de ofensas, agressividades e maledicência, afirmando que estão respaldados pela Bíblia.
Em primeira instancia, nossas palavras precisam de um modo geral, ser agradáveis a Deus!
Olha a preocupação do Salmista: “Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador”! (Salmos 19:14)
O que os tais precisam entender que não é tudo que vem a boca é para ser dito na mesma hora. Nossas palavras precisam ser processadas, interpretadas e digeridas por nós mesmos, ante de mais nada.
Em segunda instancia, é preciso saber se o que vamos dizer ajudará ou edificará a pessoa.
O filtro é: Prejudicarar-me? Prejudicará alguém? Glorificará a Deus?
O que é preciso para quem diz ser franco é o ser sem matar, se é que é possível, o ser assim!
Eis os motivos de muitas brigas nas igrejas entre irmãos naturais e entre casais: Uma palavra certa, dita na hora e de forma errada!
“O homem irado provoca brigas, e o de gênio violento comete muitos pecados”. (Provérbios 29:22)
E mais: ...”mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem”. (Efésios 4:29)
Isto também desagrada a Deus, o que se faz por obrigação, a falta de iniciativa.
“Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: ‘Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever’”. (Lucas 17:10)
Estes são aqueles, que esperam, sabem o que fazer, como e para que fazer, mas não fazem!
Todos, de alguma maneira, são capazes de realização! E porque têm uma vida sem resultados, por uma completa inatividade. Em João 15, diz que mesmos que alguns estejam ligados em Cristo, não produzem. Vejam que o problema então não está no tronco ou na árvore, mas na incapacidade desenvolvida pelo ramo. Alguns estão assim na igreja: Usufruem de tudo: Da palavra, dos equipamentos, do tempo, da estrutura, do espaço, de Jesus, vivo poderoso e atuante, mas, não reproduzem em sua os benefícios adquiridos!
O que diz a palavra, qual o juízo? A poda! Como uma tentativa espiritual de recuperação do poder perdido ou nunca usado! Alguns chegam após muito se beneficiarem da benção do Senhor, tratados como que desligados da Videira. O que acontece?
“Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados”. (João 15:6)
Não produzir é ser inútil, aproveitador; é pecado!
São aqueles que só agem sob ameaça, sob ordem severa, sem iniciativa alguma, mortinho!
Não quero isto para a minha vida!
Então, irmãos, devemos saber que pecar não é só quando cometemos erros reconhecidamente graves. Existem algumas atitudes provocadas ou naturais, que comprometem com certeza a nossa comunhão com o criador.
Devemos manter-nos alertas contra tudo que vem em busca de legalidade, que possam possibilitar até, uma interferência maligna em nosso meio.
Vimos algumas situações perigosas, que precisam ser evitadas pelo bom andamento do trabalho do Senhor.
Pecado além de significar errar o alvo, é também não atingirmos o propósito da nossa escolha e chamada!
Vigiar nestas pequenas coisas é necessário para, no fim, espantarmos a mosca, e engolirmos o elefante. Ou seja: Uma pequena coisa pode nos causar um grande estrago!
Aos da graça, paz.
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