
Itanhaém - SP
DESEJO MAIOR QUE O ORGULHO - Bp. Lucas Eugênio
UM DESEJO MAIOR QUE O ORGULHO
“Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era muito respeitado e honrado pelo seu senhor, pois por meio dele o SENHOR dera vitória à Síria. Mas esse grande guerreiro ficou leproso” (2 Reis 5.1 a 19 )
Naamã era tudo aquilo que a passagem bíblica diz que ele era. Mas, havia algo que poucas pessoas, talvez, soubessem; era leproso.
Por trás de sua armadura poderosa, que o acompanhara em tantas batalhas de sucesso, havia um grande mal. Mesmo com tantos adjetivos bons, existia este mal que ele gostaria de esquecer, que, quem sabe, arruinaria toda sua historia.
Imagino-o chegando de lutas, e, tirando sua proteção, sua armadura, e, enxergando sua condição física; era para se aborrecer, de verdade.
Uma menina, quem, de repente, o vira pela primeira vez demonstrando sua doença, ou, ainda, ouvira, pela primeira vez que seu senhor vivia aquela situação, que era suficiente par isolá-lo de convívio social e familiar!
Através de seu Rei, ele chega ao profeta Eliseu, que não o recebe, mas envia-lhe um mensageiro, dizendo: “Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado” (2 Reis 5:10).
Ele, Naamã, ficou indignado, com a determinação do profeta. Imaginara que o profeta lhe receberia com pompas, e que passaria as mãos sobre o mal, mais não; Eliseu o manda se lavar sete vezes no Rio Jordão! Logo o Jordão! E diz:
“Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel?” (Provavelmente o Abana é um braço do Barada, ou Chrysorrhoas, que deriva sua fonte dos pés do Monte Líbano, em direção ao leste; corre em torno e através de Damasco, e continua seu curso até se perder no deserto, quatro ou cinco léguas ao sul da cidade. Benjamin de Tudela (escritor Judeu/Espanhol) acredita que parte do Barada que corre através de Damasco seja o Abana, e os córregos que regam os jardins fora da cidade sejam o Farpar; mas talvez o Farpar seja o mesmo que Orontes, o mais famoso rio da Síria, que tendo sua nascente um pouco ao norte ou nordeste de Damasco, desliza por uma encantadora planície, até que, após atravessar Antioquia, e correr cerca de duzentas milhas a noroeste, se perde no mar Mediterrâneo).
Entendo a revolta do Capitão do Exercito da Síria, como uma demonstração decepcionada, pois o tira do comando, do controle, e lhe apresenta algo novo. Alguns são assim, quando saem do controle, se perdem. Situações novas nos deixam, quase sempre, meio perdidos: Estamos acostumados a dirigir e não sermos dirigidos! Naamã teria que aprender a andar conduzido. Teria que aprender a confiar numa força, num poder maior do que o ele estava acostumado. Agora não dependeria de estratégias militares, de armas, armaduras ou habilidades. Teria que aprender a obedecer a um novo comando; o comando de Deus, através do profeta.
Entendo mais: Outra grande dificuldade, era se expor! Não gostamos disto. O Senhor queria isto dele: Se expor; mostrar sua verdadeira situação, em um lugar que ele não dominava. Quis algo diferente: Um lugar onde ele dominava, conhecia, dentro de suas regras. Agora não. Tudo seria como Deus planejara. Teria que se mostrar leproso! Seu desejo teria que ser maior do que seu orgulho! Teria que ser ali, no barrento Jordão. Resistiu, mas cedeu aos apelos de seus servos mostrando-lhe que este sacrifício não era, na verdade, dos maiores.
Fez conforme a palavra do homem de Deus, e foi purificado.
Muitas lutas que passamos, vêm para nos posicionar no âmbito da vontade de Deus. Somos ou pensamos que somos, cheios de conquistas, que nos cegam diante de nossa real condição. Mascaramos, escondemos, por debaixo de nossas armaduras naturais, nossas imperfeições, achando que as vitorias são indicadoras de que estamos numa condição agradável diante do Pai. E, Deus, para nos colocar sob seu controle age independente de nossos interesses, para nos livrar do mal que não reconhecemos, mas que está debaixo da armadura.
Mergulhar no Jordão é um convite a dependermos de Deus. É um incentivo ao novo, ao inesperado por nós, mas, planejado por Deus, com a intenção de curar-nos.
É a oportunidade de mostrarmos se o nosso desejo é o maior que o nosso orgulho. É?
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