DEUS COMEÇA E TERMINA - Bp. Lucas Eugênio

Têxto Bíblico:

Então fui à casa do oleiro, e o vi trabalhando...  (Jeremias 18:3)

Têxto Bíblico:

Então fui à casa do oleiro, e o vi trabalhando...  (Jeremias 18:3)

É bom ter a certeza que servimos a um Deus em plena atividade, não estático, paradão, esperando oferendas e presente

Nosso Deus é um Deus, que quer ser louvado e adorado, mas, que nos abençoa com sua presença e se movimenta com o franco interesse de ver em nós Sua obra em desenvolvimento.

                                       Em Filipenses, 1:06, lemos um daqueles versículos que chamo de generalistas; serve para tudo, em geral.

                      Está escrito: “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês vai completá-la até o dia de Cristo Jesus”.

O certo, é que o Apóstolo estava afirmando, que pela forma daquela igreja agir e se comportar, participando com ele de uma forma engajada e compromissada, apesar das correntes que o prendia. Tal comportamento fazia-o afirmar que Deus daria a continuidade ao que havia começado naquela igreja.

Deus trabalha nas vidas que se entregam a ele, no desenvolvimento da obra de salvação.

Com a salvação que recebemos como um presente do Pai vem o seu trabalhar constante e diário, nos aperfeiçoando, impregnando em nosso homem interior características de Seu Filho Amado, Jesus Cristo. É um operar constante, incessante para a maturação do Fruto do Espírito em nós. Eis a forma de nos desnudar da roupa contaminada pelo pecado adâmico

O Senhor não desiste de nós, não nos deixa no meio do caminho; a concretização de sua obra é Seu objetivo!

É comum ao ser humano muitas vezes começar algo e desistir diante de alguma dificuldade. Desistimos facilmente das pessoas, as quais um dia falamos que podiam contar conosco: Desistimos da igreja, de um ministério, de um projeto missionário... Descartamo-nos, para culpar alguém por isto, por orgulho. Infelizmente, o ser humano tem se tornado um especialista em não dar uma nova chance! Igrejas desistem do discipular de alguém por este não atender suas expectativas. Excluem aquele que durante o processo não respondeu seu investimento e sua doutrina, não a apostólica.

Já com o trabalhar de Deus é diferente. Quando o barro não suporta e se dissolve ante ao manusear das mãos do mestre, Ele amassa o barro novamente e trabalha até que o vaso atenda suas especificações. Acontece. Nem todos reagem ao trabalhar da mesma maneira; uns são mais trabalhosos por natureza, outros darão mais trabalho pelo objetivo final do uso!

Pedro teve o trabalhar de Jesus, por três anos, e, ainda assim, custou para se enquadrar naquilo que Cristo queria para ele. Paulo reagiu mais rápido, e logo estava no caminho ministerial esperado, enfrentando a desconfiança dos novos irmãos! Um ficou com o ministério mais localizado, não menos importante, e, já o outro teve um ministério mais amplo e longo.

Deus, incrivelmente, recomeça sempre que acha necessário!

Mas o vaso de barro que ele estava formando estragou-se em suas mãos; e ele o refez, moldando outro vaso de acordo com a sua vontade. (Jeremias 18:4)

Não somos salvos e pronto; tem um processo!

Não somos o famoso macarrão instantâneo: Basta jogar na água quente e está pronto! Tem todo processo, às vezes longo, outras vezes nem tanto.

É necessário, ao recebermos a salvação, um tirar de elementos da velha natureza, e, o acrescentar de itens da nova; não é uma coisa automática.

Deus precisa trabalhar sua vontade em nós, rebeldes por natureza, e isto através da conscientização, não por força. Éramos um vaso, que não cumpria os requisitos de Deus, pecamos, ou seja, estragamos e a partir daí o Oleiro decidiu fazer um vaso novo, agora que atende estritamente sua Vontade.

É necessário destituir o velho para que o novo prevaleça, dia-a-dia.

Revestir-nos do novo homem não é um serviço solitário de nossa parte; é um agir sobrenatural; portanto de Deus. Sozinhos iremos girar e girar, sem sairmos do lugar.

Jesus disse: Meu Pai trabalha até agora.

É certo que as mãos do Senhor não se encolhem ou se recolhem, como se o serviço houvesse acabado. Elas estão sempre em ação, fazendo alguma coisa. Descobrimos, muitas vezes, uma capacidade que desconhecíamos em nós. Ficamos admirados como se descobríssemos um talento de repente. É interessante acharmos que surgiu em nós uma habilidade inerente a nós. Nada disso!

“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes” (Tiago1: 17).

Não percebemos, mas foi Deus que liberou um dom, uma habilidade, um conhecimento, por já estar trabalhando em nós, e, potencializa-os em nós, naquilo que o interessa, em um determinado dia e lugar, que pode nunca mais atuar em nós, ou ficará, definitivamente, atendendo propósitos futuros.

As pessoas no tempo dos apóstolos ficaram admiradas vendo um homem paralítico andar; olharam espantadas para Pedro e João, que não tomaram a gloria para si. Reconheciam que aquele fato extraordinário era um manifestar do poder do Senhor.

Deram gloria a Deus!

 Vendo isso, Pedro lhes disse: "Israelitas, por que isto os surpreende? Por que vocês estão olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar por nosso próprio poder ou piedade? (Atos 3:12)

É importante afirmar que Deus não só trabalha em, mas, para nós; aos que esperam Nele.

Vejo aí uma necessidade de não nos precipitarmos, e sim, esperar. Não só em relação a nós, bem como em relação aos outros. Neste caso, queremos que as pessoas sejam outras da noite para o dia. Irmãos, Deus transforma o caráter de alguém, não a personalidade. Esta é trabalhada pelo Senhor, que a assume, e, recebe características outras.

Devemos dar o tempo necessário, para Deus Ser Deus em nossas e nas vidas de outros.

Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam. (Isaias 64:04)

Então, nosso desenvolvimento espiritual, vem com o tempo, com o trabalhar e com agir de Deus. É sem dúvida uma verdade: O que Deus começa, termina, - completa.

Então o que Deus iniciou ( a boa obra) em nossas vidas, será confirmado quando da volta de Seu Filho amado, o que já tem data marcada, nós só não sabemos ainda, mas será conhecido como: O dia do Senhor!

Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos (Isaías 64:8). Lembre-se, Deus só pode trabalhar naquele que está em suas mãos. Então, se você, ainda que frequente a igreja, mas não  colocou-se nas mãos do Criador,  não serás moldado, trabalhado ou renovado  para que o pensamento de Deus seja impregnado em seu coração. Tem que se entregar por inteiro no altar de Deus, pois é lá que acontece a mudança, a metanóia,  que será trabalhada para que você cumpra o seu propósito de existência: Louvar ao criador.

Algo a se pensar: O valor de uma obra não está no material usado (argila, barro), em si, mas no valor das mãos que nele trabalham!