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DONS: LÍNGUAS E PROFECIA ( primeira parte!) - Bp. Lucas Eugênio

20/07/2012 15:28

DONS: LÍNGUAS E PROFECIA (Parte 1)

Creio, sinceramente não só na realidade dos dons da graça (dons espirituais), mas, em sua atualidade.

Não podemos deixar de aceitá-los, motivados pelos os abusos em seu uso. Esta é a questão: Usam-nos! Nos últimos 40 anos, os dons, em destaque o de profecia, se tornaram evidencia de poder e santidade. A denominação onde eles estão em profusão, é conhecida como a verdadeira igreja. Aliados ao de profecia vem o de língua e os de curas, como os mais comuns hoje em dia. Há algo que me incomoda muito, é a radicalidade de certos irmãozinhos.

Quer de todo jeito, que falemos em línguas, quando, na verdade não há nenhuma manifestação interior para que assim se faça. O pregador fica de olho em você, como se você fosse a pedra de tropeço naquela num determinado culto. Dizem: “Aqui tá cheio de crente freezer!”.  Não é assim que funciona segundo a Palavra de Deus, nossa regra de fé.

Paulo, ao orientar a igreja de Corintos, estabeleceu limites, em virtude dos abusos cometidos por ela. Não creio ser uma receita definitiva, mas uma referencia para todos, que têm duvidas e relação de tais dons. Esta acontecendo naquela igreja, uma confusão entre os verdadeiros dons e emocionalismo.

Por exemplo, ele diz, que a pessoa que fala em línguas, fala a Deus.

Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. (1 Coríntios 14:2)

Então, se ao falar, fala-se com Deus, porque o histerismo?  Deus não é surdo! Duas coisas eu observo: Primeiro: Tal pessoa quer falar alto para um tipo de demonstração; ou seja, é uma língua do ego, não de Deus. Segundo: Boa parte das línguas é emocional. É resultado da emoção, impulsionada ou provocada por um pregador. Sendo uma genuína língua, o dom, não precisaria de incentivo externos para sua manifestação. Digo: Creio na realidade e atualidade deste dom, eu o tenho, é muito bom!

O objetivo deste dom, exceto o que ocorreu em Jerusalém, no dia da festa do pentecostes, é, para a edificação: “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo”... (1 Coríntios 14:4). Então, o falar línguas, independe dos pregadores, avivalistas, pastores, etc. É algo restrito e particular; assim está escrito. Não ignoro que fala alto, às vezes impedindo que os outros entendam um louvor ou uma ministração, pois, sei que é uma carga de alegria, que, alguns meninos, usam o momento para soltar um grito contido até então. Mas, Bíblia é Bíblia: Em questões duvidosas, ela deve ser consultada e ter a ultima palavra.

Existe uma possibilidade de este dom ser exercido publicamente:...  A não ser que também interprete para que a igreja receba edificação. (I Coríntios 14:5) Neste caso entende-se que se trate de uma língua profética.

Paulo, por um cuidado pastoral, achou por bem, orientar a igreja de sua época e a nós também, para que se evitem os excessos desnecessários.

O falar em línguas, com a exceção já mencionada, não trás proveito á ninguém, a não ser o possuidor desta benção!

E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina? (I Coríntios 14:6)

Nossas ministrações para o povo devem ser claras; para que haja edificação do ouvinte.

Quando se atua contrariamente o que diz o Apóstolo, é mesma coisa que se visto ou ver os irmãos como vidas sem o mínimo de cultura! Na verdade, na lata é uma falta de educação, mesmo!

Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significação.

Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim. (I Coríntios 14:10-11)

Eu não quero isto para a minha vida!

Não me expresso aqui para desmotivar os que possuem este maravilhoso dom, nem triar a vontade de quem está pedindo a Deus, este ou outros dons. Mas, o que é certo, é certo, não tem jeito. A igreja, mormente a brasileira, precisa entrar na fase adulta definitivamente.

                         Tem muito não me toque, não fala assim, vigia!

O dom de língua, eu creio nele, mas, existe, com a clara evidencia de ser para nossa própria edificação. Não é para ficar berrando, nem gritando no ouvido dos outros; está na Bíblia!

Eu acho este versículo, oro exposto, maravilhoso: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação". (I Coríntios 14:26)

O Apostolo Paulo fala em um culto completo, onde, não há preferencia por um tipo de dom, mas, que eles se manifestem-se, e cumprem a sua função.

Salmos: Um salmo era cantado nas reuniões, o que para nós significa louvor para a adoração a Deus.

Doutrina: Ensinamento

Revelação: Intervenção sobrenatural, trazendo conhecimento do que Deus quer para determinado dia.

Língua: Edificação pessoal, ou com interpretação, língua profética.

 

Para estrelismo deste ou daquele pastor? Não. Para edificação do corpo de Cristo.

Para que haja ordem no culto, Paulo estabeleceu um número que eu entendo não como uma ordem hermética, é sim com algo preferível ou aceitável.

E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.  (I Coríntios 14:27).

A questão aqui não é tanto o número de pessoas que podem falar em línguas desconhecidas, mas, sim a necessidade de tradução da língua; que haja alguém que as interprete!

 “Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus”.

(I Coríntios 14:28)

Precisamos entender, se cremos na existência dos dons, que tem que haver ordem         ( equilíbrio/disciplina) e decência( respeito) Vs. 40.

E, em todas as coisas que fazemos para Deus, devemos filtrar antes pelo amor. Talvez, alguém não creia na realidade dos dons, ok. Mas, aceite aos que crêm, com amor. E, aos que crêm, devemos aceitar e compreender aqueles que avaliam o uso dos dons para hoje.

Faça ou não faça o grande dom de que precisamos é o amor:

Nas coisas não essenciais, a diferença;

Nas essenciais, a unidade;

Em todas as coisas, o amor.

“O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá”... (I Coríntios 13:8)

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