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Itanhaém - SP
ESCRAVO DA VONTADE - Bp Lucas Eugênio
Consultando vários dicionários, alcanço o significado da palavra tema desta mensagem.
Para alguns eruditos, vontade é a capacidade através da qual tomamos posição frente ao que nos aparece. Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo. Ante um pensamento, podemos afirmá-lo, negá-lo ou suspender o juízo.
Para alguns também, quando decidimos cumprir nossa vontade, fazemos uso do livre-arbítrio, expressão usada para significar a vontade livre de escolha, as decisões livres.
Agostinho e Descartes concordam em que o fato de nós humanos termos vontade nos torna responsáveis pelas nossas decisões e ações. Na filosofia clássica, é a vontade é apetite racional ou compatível com a razão, distinto do apetite sensível, que é o desejo.
Continuo com uma pergunta: Têm as pessoas condições de fazer escolhas genuínas?
Quando fazemos o uso da livre escolha, nos tornamos responsáveis pelo resultado – ainda que não seja uma escolha direta do nosso pensamento, uma vez que esta escolha, aí não genuína, pode vir contaminada com a análise de terceiros; quando agimos influenciados por ideias alheias.
Na verdade não somos, para quem acredita nisto – eu não – agentes livres na escolha ou na vontade: O meio nos influencia diretamente.
Para nós que cremos em Deus e no seu governo sobre tudo e todos, esse “todos” se resume aos que entregaram suas vidas a Ele, nos uso de sua liberdade de escolha o homem livre Deus de qualquer responsabilidade nos fatos que vêm como resultado de sua escolha.
É comum as pessoas relacionar ao descuido de Deus, em razão de um acontecimento negativo.
Esquecendo-se, que na maioria esmagadora de vezes, Deus nem foi mencionado, com um, por exemplo: “Se Deus quiser...”
Somos (ou pensamos que somos), seres independentes? Isto não nos faz escravos de nossa vontade? Não entendemos que quando escolhemos uma coisa e não outra, uma ação e não outra, uma decisão em detrimento de outra, fazemos dentro de um interesse, algo que nos beneficie isto nos impede outro olhar, objetivo, que nos traria outra solução, afinal.
Na Wikipédia eu li: “Agostinho e Descartes... concordam em afirmar que o fato de termos vontade não só nos torna responsáveis por nossos atos e decisões como também livra Deus de qualquer responsabilidade sobre a mesma...”
Como se trata, este, uma mensagem voltada para a igreja, digo, que precisamos, realmente, não em tese, de nos libertar abrindo mão do livre-arbítrio, nos entregando à vontade de Deus.
Não percebemos sentados numa cadeira no templo, que, não somos o que dizemos ser; não somos servos de Deus. Enquanto não dermos o direito de escolha em tudo que se relaciona com nossa vida, à Deus, somos escravos não livre! O que temos é – sem o controle de Deus - sim, uma sensação de liberdade.
Sigo,ou procuro seguir, a orientação de Paulo, em Romanos 12, quando roga para apresentarmos nossos corpos à Deus como sacrifício vivo e santo, em um culto racional, não sem sentido, para que haja um renovação de nosso entendimento, e assim compreendamos a Sua vontade.
A renovação da mente, como sede de nossas escolhas, vem quando entregamos nossa vida, de verdade, à Deus. A libertação da mente, é a libertação de nossa vontade.
Quem ganha a nossa mente, trona-se dono de nossas ações! Ou nós ou Deus, quem está no controle?
Deus, como Senhor de tudo nosso, é forma de vivermos mais sensatamente possível!
Entregar o corpo no têxto lido, é uma forma de perdermos o direito sobre nós mesmos.
É passarmos uma procuração dando ao Pai, Pleno Direito, sobre tudo que diga respeito a nós.
Está escrito, em Efésios, 5:17: “Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor”. (Sensato é alguém de posse de sua capacidade de reflexão, cônscio e equilibrado).
Exige-se de nós, firme consciência do que fazemos e de quem nós somos. Em Mateus 7:21-23, podemos ler e concluir, o engano que muitos estão cometendo, ao pensar que suas realizações, são de fato, uma anuência de Deus. Vemos que muitos estão agindo no livre-arbítrio e não no arbítrio servil, realizando muito, desconhecendo a vontade de Deus; suas mentes cauterizadas os tornam insensíveis.
Lá está escrito que muitos hoje dizem, sem serem. Nem todo que diz Senhor, Senhor...
Hão de serem aprovados aqueles que dizem e fazem a vontade de Deus. O Senhor desconhece e desconhecerá, aqueles que atuam em Sua Obra, interessados no que Ela pode lhes render! “Nunca os conheci...”, será o que ouvirão!
Surpresa, não? Escravos de suas vontades, interesses e desejos, não são livres para atenderem a vontade de Deus, seja ela em que dimensão for. Quem é escravo de alguém ou de algo, não pode ser considerado servo de Deus. Jesus se fez servo, embora sendo Deus. Venceu o sistema mundano por sua “fraqueza” (auto-limitação), e não por seu poder. Atendendo a vontade do Pai. Humilhou-se, entregou-se, deixou ser dominado por aqueles que, só, por uma palavra poderia os derrotar. Não aceitou usar seu poder para aliviar suas dores; preferiu a indiferença humana, de o quê convocar Anjos, Seu exercito, para livrá-lo daquela hora. Jesus é o nosso exemplo de servo, que para atender a vontade de Deus tomou cálice imerecido.
“... o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20:28)
É uma das piores condições humanas, e, nunca falada ou pregada. Esta libertação está diretamente relacionada com a transformação mental pela que passa o homem ao ser aceito por Deus. Quando isto acontece, a pessoa torna-se livre de sua própria vontade e passa agir dentro do que a vontade de Deus lhe permite. Toda ação – física ou mental - que originava-se de sua vontade, agora, antes de ser o que seria naturalmente, passa pelo crivo de Deus, agora Senhor.
A renovação da mente deixa o homem, escravo de si, livre para servir a Deus.
“Mas agora, morrendo para aquilo que antes nos prendia, fomos libertados ...
(Romanos 7:06)
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