Itanhaém - SP
JULGAR, PODEMOS?
JULGAR, PODEMOS? – Bp. Lucas Eugênio
Não julgueis, para que não sejais julgados... (Mateus 7:1)
Ao lermos esta passagem bíblica, parece- nos claro, que o Nosso Senhor está dizendo que é para nós nunca julgarmos alguém.
Eu disse, parece! Por quê? Porque ao lermos a Palavra de Deus vemos que, desde já, estamos capacitados a julgar; desde que obedeçamos alguns critérios imperiosos.
Diz-nos, Cristo, ao fazer tal declaração, que é uma questão de emitirmos conceitos negativos em relação a uma pessoa. Apontar defeitos, erros ou, uma possível deficiência de caráter, sem que use para si a mesma medida.
Ainda existe algo que eu chamo de bondade negativa, que é assim: Elogiamos inicialmente um irmão, mas completamos como uma crítica. Exemplo: Aquela irmã é uma benção! Tudo seria bom se terminasse assim, mas, não. Completamos assim: Mas, seu gênio é um terror!
Tá vendo, o que parecia algo positivo, tornou-se negativo. E, na hora de tal irmã ser lembrada, ninguém a lembrará como benção, mas como uma pessoa difícil! O que fica na lembrança é a parte ruim, não a boa.
O que Jesus realmente condena em Mateus 7, é esta atitude de através de uma comentário denigrirmos a imagem de alguém, de uma instituição, ou de um ministério...
Jesus disse em João 7:20, disse que é para, quando julgarmos, o fazer segundo a reta justiça. Neste quesito, não pode entrar preferencias ou rejeição de outros. Ao julgarmos, não devemos ser sugestionados por questões passadas, já resolvidas, ou, por comentários de terceiros.
Ao julgarmos, devemos ser honestos e nos julgarmos antes, para vermos se estamos em condições diferentes e melhores de quem iremos julgar.
Comumente veremos que, ao nos pesarmos na balança, estaremos devendo.
Isto é a reta justiça, um questionamento pessoal, sem riscos de atalhos.
Outra regra é pegarmos o nosso Mestre Jesus, como exemplo: Seu posicionamento em algumas situações onde Ele poderia julgar:
Por exemplo, veja sua atitude no caso da mulher pega no ato de adultério, segundo seus acusadores:
Ele pergunta: "Mulher, onde estão eles? Ninguém a condenou? Ninguém, Senhor", disse ela. Declarou Jesus: Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado". (João 8:10-11)
Ele, nosso Senhor, possuía todas as condições para julgar aquela mulher naquela hora, mas, não fez, preferiu usar de misericórdia! Poderia tê-la envergonhado, e prejudica-la mais ainda, mas, não. Ele preferiu livrá-la das mãos de religiosos e de uma turba hipócrita e fanática!
Em Cristo, a misericórdia triunfa sobre o juízo, embora fosse ou dEle a atribuição de julgar: “ E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo”... ( João 5:2) . Se fosse satisfazer sua Santidade, Ele seria mais um, entre aqueles a apedrejar a vítima prostrada e frágil. Mas, preferiu satisfazer seu amor por àqueles que estão sendo levados à matança; o que ocorre nas fileiras eclesiásticas, mais do que pensamos.
Para Cristo melhor do que reagir pela santidade, que não concorda e não aceita o pecado, era usar de compaixão aos caídos, e fazer destes um sinal de que é possível através do amor mudar comportamento.
Segunda a resta justiça, é, buscar em Jesus, nossa referencia de postura diante das fraquezas de nossos semelhantes.
“Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou” ... (João 5:30)
Eis uma dica para todos nós, ao vermos a necessidade de emitirmos algum tipo de julgamento: Passas pelo filtro da Palavra. O que Jesus faria se estivesse eu quadro semelhante?
1 – Ele ouvia, antes de julgar.
2 - Era justo
3 - Usar os critérios, segundo a vontade de Deus.
Para concluirmos, digo, que não somos impedidos de emitir julgamento, somos preparados para tal, uma vez que julgaremos, até, os anjos.
“Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro”?
Julgar, analisar, ponderar, agir dentro dos preceitos bíblicos é uma necessidade bíblica!
Iremos julgar o mundo, e os anjos, como já o citei acima:
“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais às coisas pertencentes a esta vida” (I Cor, 6:02,03)
A Palavra nos manda ouvir as profecias e julgá-las, em seguida: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”... (I Coríntios 14:29)
Então, irmãos, o que não podemos fazer e julgar sem o apoio das escrituras, onde encontramos o reto, o justo, e nossa grande inspiração, Jesus. O que não podemos é emitir opiniões pejorativas e acusações preconceituosas. Não podemos e não devemos apontar erros e coisas negativas, sem que usemos a mesma medida em nossa própria vida.
NINGUÉM RESISTE SER AMADO!
Aos da graça, paz.
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