NEM SEMPRE O DESERTO É UMA OPÇÃO DE DEUS... Bp Lucas Eugênio

“Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais” (I Reis 19:4).

Ouço falar constantemente que o DESERTO é um período de provação do cristão, lembrando-se do período que Israel passou no deserto guiado por Deu em direção à terra prometida.

“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não”. (Deuteronômio 8:2)

Foi um tempo idas e vindas, conquistas e derrotas, livramento e morte... O deserto foi um período de aprendizagem. Nele Deus dar-se-ia a conhecer, uma vez que o povo que era conduzido era um povo que não conhecia Deus como seus antepassados.

Era um israelita por herança, mas nascido no Egito, com seus costumes, e uma variedade de deuses.

Isto está no consciente da coletividade evangélica, usado como exemplo de sofrimento. Diz-se, quando o cristão está em dificuldade: “Estou no deserto”!

Na leitura, ora feita, vemos o profeta Elias caminhando para o deserto por livre opção.

Podemos dizer, fugindo das ameaças de Jezabel, a diabólica rainha, esposa de Acabe.

O deserto não é um bom lugar para se fugir. Deserto é lugar para quem pensa em dar cabo com da própria vida. O desespero do profeta, outrora tão determinado e ousado, enfrentando quase dois milhares de profetas malignos, foi evidente. O resultado de tanta batalha cobrava o preço de Elias. Caminhou um dia para chegar o lugar onde pensava e resolver seu dilema. Muitos são assim, caminham para tão longe, achando que pode, não só fugir do inimigo, mas de Deus também. Ledo engano.

O Senhor sabe onde te encontrar. Outra coisa: Deixamos pistas no caminho, que leva o nosso adversário até a nós. É assim, goste ou não!

Em relação a Deus, Davi disse: “Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos”. (Salmo 139:3)

Não adianta, antes de nos colocar no caminho, O Pai já sabe o que pensamos. Está no contexto da passagem acima: “de longe entendes o meu pensamento” (Salmo 139:2)

Elias que disse, já basta, não sabia que Deus ainda tinha propósitos para seu ministério. O profeta não sabia que, quanto mais longe vamos, mas difícil será a volta.

É assim. Muitos não suportam as agruras da volta e ficam pelo caminho. Preste atenção: Você já foi longe demais? Alguns vão pelo longo caminho da desobediência, e se perdem. Outros pelo caminho da autossuficiência e, não sabem que, o que nos capacita a vencer é o caminho da suficiência do alto: “O nosso socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra”.

           Essa foi a queda de Saul, achar que podia fazer tudo do seu jeito.

Biblicamente o deserto não é lugar onde encontramos segurança para viver. Tem muita gente, que está a muito no deserto e não encontro sossego. Tem uma vida de inconstância, sem parada e descanso.

Leiam: “Andaram desgarrados pelo deserto, por caminhos solitários; não acharam cidade para habitarem”. (Salmo 107:04)

                         Esta é vida que muitos estão levando, por uma opção errada.

Concluindo:

Antes que respiremos os ares do deserto, antes que sintamos que ele se aproxima, clamemos pela misericórdia de Deus. Ele abre o novo caminho no deserto; não precisamos morrer! Deus tem um caminho melhor para nós. Um caminho que nos tira dessa situação. Precisamos aceitar que é possível. Se não teve jeito, se nos deparamos com o deserto, que já uma realidade em nossa vida; não se culpe. Não aceite a morte como solução: Deus é vida e vida com abundancia!

Olha o que Ele dia para nós:

“Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo”. (Isaias 43:19)

Paz, aos da graça!