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Itanhaém - SP
MEDO, UM PODER CRIATIVO
Medo é a inquietação ante a noção de perigo real e imaginário.
O medo que pode ser um aliado, mas se torna, na maioria das vezes, um inimigo perigoso e restringidor de vontade. No caso aqui em questão, abordá-lo-ei no sentido espiritual, lógico!
Em Números, 13:31, mesmo diante de uma promessa remota de Deus, alguns líderes, enviados por Moisés para observarem a terra prometida, voltaram derrotados, face ao tamanho do povo que lá habitava, bem como sua estrutura! Éra verdade! Mas, o medo passava por outras paisagens, além do campo da ameaça física. As palavras seguintes, escondiam outras sentimentos que geravam insegurança. Além do mais, o maná cessaria e a fome teria que ser satisfeita com o trabalho, ao mesmo tempo que defenderiam suas posses!
Disseram: “Mas os homens que tinham ido com ele disseram: "Não podemos atacar aquele povo; é mais forte do que nós". (Números 13:31)
O nosso medo pode nos mostrar abaixo do que somos, e, ao mesmo tempo superestimar os nossos adversários. O medo é nocivamente criativo! Ele pode até nos fazer duvidar de quem nos prometeu as vitorias! Soube que alguns rabinos dizem que ao falarem “do que nós” os líderes estavam dizendo “do que Ele” pode assim ser traduzido! Ou seja: As nações que habitavam em Canaã, eram muito até para Deus!
O medo é oposto á fé!
Noutras palavras, dez príncipes diziam que não era possível vencer!
Outros dois, Josué e Calebe, viam de maneira diferente! O mesmo cenário sob olhar oposto! Vejam como o medo pode nos influenciar em nossas decisões!
Na verdade o que muitas vezes vemos, é o que a fé ou medo nos mostra!
É difícil para nós após tanto tempo, compreendermos como uma geração conhecedora do poder de Deus, que operara tantos milagres e sinais! Que dera provas irrefutáveis de Sua onipotência, ainda duvidar e deixar-se tomar pelo medo daquela maneira!
Povo este que glorificara a Jeová, na travessia do Mar vermelho, dizendo: “As nações ouvem e estremecem; angústia se apodera do povo da Filístia. Os chefes de Edom ficam aterrorizados, os poderosos de Moabe são tomados de tremor, o povo de Canaã esmorece”... (Êxodo 15:14-15), agora, pouco tempo depois, estar assim, com este medo!
As palavras dos dois príncipes que confiavam na derrota dos canaanitas viam o temor impedia os outros dez de verem: “o fato de suas cidades serem fortificadas era um sinal de fraqueza neles, não de força, como o interpretaram os espiões. Pois se de fato fossem os cananeus uma tão poderosa nação, para que precisariam proteger seu território com tão sólidas fortalezas”?
O relatório dos líderes fez o povo chorar, uma vez, que não se tratava de qualquer pessoa, era um grupo formado por excelentes, gente preparada e maior qualidade entre a congregação israelita! Eram tão importantes que foram escolhidos e enviados para ver a terra que Deus daria a Seu povo. Temiam muito mais que uma derrota física, tratava-se de um momento de conflito espiritual, o tempo havia chegado, quando deixariam de viver sob o ato protetor e cuidador de Deus, e, teriam que travar lutas, em ambiente diferente do que tinha sido até agora; assim pensavam. Eles, sempre contando com o sobrenatural, até na dieta, iriam, dali para frente, ter que conquistar aqueles povos, defender o que seria conquistado, e, ainda, plantar para colher! Vejam a complexidade que se apresentava a eles no limiar de uma nova vida. O medo os fazia enxergar o perigo, de uma iminente derrota, com a incerteza de que Deus, habitante de um reino espiritual, fosse capaz de lhes dar vitória no âmbito físico.
Lembremo-nos, que se trata de uma geração de origem escrava, despreparada militarmente falando, que lutaria com gente acostumada aos embates físicos/militar. Espiritualmente estavam certos de era possível vencer, mas, e depois? E o dia-a-dia?
Irmãos, eu sei que o medo nos impede de ver muitas coisas! As crises são a grande oportunidade de Deus ser Deus para nós. Sabemos que Ele é capaz de nos dar a vida, de sustentá-la com o Seu poder, der afastar o diabo, etc. Mas, diante de desafios eminentes, quando esperamos que Deus intervenha no campo natural, sobrenaturalmente, vacilamos.
O medo toma conta. Será que sobreviveremos a tudo. Será, será e serás, tomam conta de nosso coração. Os israelitas, experientes no mundo espiritual, num espaço de comunhão continuam e inesgotável com o Criador, teriam que se expor, fora do terreno onde só tinham contato com seu Senhor. Teriam que conviver com os diferentes, com as ameaças a santidade, com os riscos. Na congregação, não havia nada para distraí-los, mas, na nova terra, os contatos com culturas, costumes e posturas, poderiam colocar a xeque a fidelidade de cada um.
O medo envolvia tudo isto!
Mas a palavra dos dois príncipes indicava que era possível vencer tudo, sem deixar espaço para um possível fracasso!
A ideia do povo era voltar para a terra antiga, onde havia escravidão, mas, sem muitos perigos, que, por certo, encontrariam dali em diante.
Não tenham medo deles, disseram, Calebe e Josué! Ou seja: Não tenham medo dos novos desafios, da nova terra, do novo estilo de vida, o Senhor estará conosco!
Concluo dizendo, que temos que aceitar a proposta de Deus para o algo novo que almejamos. Tem coisas que Deus não fará por nós, só nós, com fé, poderemos realizar; mas, não nos desamparará em nada. Teremos que sair da área de conforto, onde o pecado não nos ameaça, o inimigo não entra e nos sentimos seguros para conquistarmos as promessas de Deus em nossa vida. Só saberemos que Deus é capaz, e que nos torna capazes se acertarmos ir ao encontro do que Ele prometeu para nós.
Aos da paz, graça!
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