
Itanhaém - SP
SACRIFICAR OU SER SACRIFÍCIO - Bp. Lucas Eugênio
Sacrificar ou ser sacrifício
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. (Rom. 12:1)
Vivemos um tempo, onde se ouve muito sobre sacrificar. Mesmo quando não mencionada, as atitudes de alguns, é uma atitude de sacrifício.
É sabido, que o interesse de tantos sacrifícios, é com a intenção de se obter uma benção um favor de Deus. Tem grupos que sobem ao monte com a intenção de se santificar, parece que orando neste ambiente, as pessoas tornam-se com mais condições de se santificarem. Outros vão sacrificar pelo o casamento, emprego, filhos, etc.
Existe a ideia ainda, de ser o jejum um tipo de sacrifício também. Então, uma pessoa fica um determinado tempo sem ingerir qualquer tipo de alimento. Com isso, colocam como tema do Jejum: Desejo de casar, arrumar emprego, libertação de alguém...
No Novo Testamento, na Nova Aliança, encontramos conforme foi supracitado, que o sacrifício, pós-sacrifício de Jesus, passou a ter outro significado. Não se é exigido em bom termo, algo nessas dimensões: Sacrificar dinheiro (levar até o último centavo ao altar da igreja ou ao gazofilácio), um bem; casa, carro, poupança, com a certeza de que, sacrificando, a pessoa vai ter tudo de forma multiplicada, devolvido.
Se ouvimos “alguns” testemunhos de que essa prática deu certo, a recíproca é verdadeira, ouvimos “muitos” dizerem que perdeu seus bens sem uma resposta positiva, da parte de Deus. Quando vão questionar os que promoveram este tipo de campanha, os fiéis saem como culpados. Dizem para estes: “Vocês não tiveram fé!”.
Se voltarmos aos primeiros casos, posso afirmar que não se trata de má intenção, no mínimo, é o desconhecimento bíblico, que faz inúmeras vítimas, ativas e passivas, desinformação ou por não conhecer as terminologias em geral.
ANÁLISE DA PALAVRA
A raiz que dará origem à palavra sacrifício é, em latim, sacer. Esta raiz tem o sentido de algo que não pode ser tocado. Daí passou a significar: o que pertence ao mundo do divino.
E no latim: Sacrifícium: O que é oferecido a Deus e torna-se sagrado. Ou o próprio ato de oferecimento.
Já no Velho Testamento, nos tempos dos profetas, o senhor dava um sinal do que realmente ele queria:
“Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal”. (Eclesiastes 5:1)
E mais:
“Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros”.
(1 Samuel 15:22)
Lógico que o texto citado está se referindo ao sacrifício de animais, com as características passadas no Pentateuco.
No entanto, revela o que Deus prefere: Obediência. Ouvi-lo, é melhor.
O Senhor Jesus também, ratificou com suas palavras o que seria acerto por Deus:
“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento”. (Mateus 9:13)
Este versículo aponta para Oséias 6:6, quando Deus reprova a nação israelita, pelas abominações, prostituição, iniquidades e o com isso o afastamento de Deus, que havia enviado profetas com palavras fortes que havia ferido o povo, mas sem uma resposta positiva por parte da nação.
A saída era a volta ao Senhor, que os curaria e também a busca pelo o conhecimento de Deus. Jesus queria que os fariseus voltassem e entendessem o que acontecera no passado. Ele queria misericórdia, em lugar de sacrifícios. Esses perderam o valor. O que Ele queria era sim, um sincero reconhecimento de como eles estavam. Não haviam aprendido com os erros do passado.
Deus quer, hoje, misericórdia: “A palavra, Misericórdia, em latim, vem da expressão Miser cordis”. Quer dizer, um coração pobre. Na Bíblia tem o sentido de algo que vem do útero, do nosso interior, algo de coração. Identificando-nos coma miséria do próximo.
Então, amados, o que Deus espera de nós? Nada além do que a nós mesmos, a nossa vida, em sacrifício vivo, santo e agradável. É como um termo que cunhei: Desnospertencer. É nos apresentar em seu altar, espiritual, e sermos consumidos pelo fogo de sua presença. No altar morremos para os nossos interesses, desejos e vontade.
No altar sou santo, consagrado para o uso exclusivo de Deus. No altar somos seus e não de nós mesmos. No altar a ira divina é aplacada e somos livres da condenação.
Este é o sacrifício que Deus deseja: Uma vida de adoração, esta é a oferta que oferecemos a Deus. Uma vida de compromisso e submissão é algo que agrada o Senhor. No altar a mudança de donos, perdemos o domínio e passamos a pertencer a Deus.
Este é o sacrifício quer Deus quer, não o seu suor, sua saúde, seu cansaço, suas noites sem dormir, seus dias de exagero e sem alimentação, para ser abençoado, nós já fomos feitos herdeiros de todas as coisas. Nós temos toda sorte de bençãos. O Senhor, na cruz, já nos curou, tome posse!
Na Bíblia não está escrito que tudo é possível ao que sacrificar, está? Não. A santidade que precisamos está na Palavra. A intimidade que buscamos, está na Presença do Espírito Santo em nós. A Cruz foi definitiva, um novo tempo vitorias definitivas depois dela se iniciou.
Deus quer você, integralmente em sua presença.
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