SALVAÇÃO! - Bp.Lucas Eugênio - Abba/SP

Por entender que a salvação é um ato e um fato definitivo e exclusivo da graça de Deus (manifestação independente e concreta do favor e do amor do Senhor), entendo que não há possibilidades de o salvo em Cristo perde-la. A salvação é uma realidade vivida por aquele que atendeu, por ser um escolhido, a chamada de Deus para outra qualidade de vida.

Existe o antes e o agora

Esta divisão de tempo mostra a nossa condição espiritual diante de Deus; de como éramos vistos por Ele. De como o pecado manifestava-se em nós; na área física, nos maus desejos e no âmbito dos pensamentos.

“Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”.

(Efésios 2:2,3)

O desenvolvimento da salvação acontece quando Deus oferece ao homem morto em pecado o dom gratuito, por ser imerecido, e não por algo de interessante que este faça, para que não aja qualquer tipo de satisfação e orgulho humano (não por obras) e o pecador aceitando o presente pela fé, a mão que recebe que lhe é oferecido. Neste caso a participação do homem no plano de salvação, é aceitando e crendo o que foi feito por Ele:

Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. (Romanos 5:8)

Neste versículo temos algo esclarecedor  que indica uma condição passada: Quando “éramos”! Agora não somos mais pecadores.

Salvos hoje

Se salvos somos, sem nenhum mérito nosso, vivemos outra realidade espiritual. Antes, vivíamos para Deus como mortos, separados dEle. Conforme lemos em Efésios 2, éramos mortos e andávamos - um paradoxo -  conforme o mundo em trevas. Éramos governados por um príncipe, identificado como líder das autoridades espirituais do ar. Esta era a nossa realidade, ainda que, talvez, não soubéssemos disso.

É interessante vermos que para muitos, o pecado veio e desgraçou o homem definitivamente, se que este pudesse fazer nada. Como vítima de Adão, tornou-se irresistivelmente  um pecador contumaz.

Para esses, muitos, a graça de Jesus só atua no homem que a recebe, parcialmente. Transmite-se, assim, a ideia de uma salvação é relativa. Não é assim! Deus ato de misericórdia criou o caminho que possibilita o homem, convencido de sua posição pecadora, a se integrar incondicionalmente, a um novo estilo de vida; salva de uma vez por toda do poder do pecado. É evidente que a graça atua numa proporção maior a que o pecado atuou na vida do homem.

Que situação constrangedora a do homem para o sistema religioso, vejam: Ele se tornou um pecador para sempre, sem escolha. E, quando salvo, não é para sempre! Fica entendido assim, que o pecado é mais poderoso que a graça!

Leiam isto:

“Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão”... (Romanos 5:15)

Não se pode comparar a dádiva de Deus com a consequência do pecado de um só homem...

(Romanos 5:16)

Porque não se entende isto? Porque da necessidade dos salvos em Cristo viverem sob a tutela do medo de perderem algo que não foi conseguido por merecimento próprio?

O medo deve ser vencido pelo amor! Deus não quer e nunca quis que as pessoas lhe servissem por medo e sim por temor! Temor não é medo, é o desejo reverente de não entristecer aquele que num ato generoso deu seu filho para salvar aos que nele crer!

Medo é uma sensação incontrolável! Deus não quer isto para seus filhos! O medo é um fenômeno psicológico. Ele é criado dentro de nossas mentes a partir de uma combinação de traumas, expectativas e receios. Mensagens que ouvimos no passado, ainda, sobre um Deus vingativo e insensível, mesmo não sendo  exatamente com esses termos, povoam nosso imaginário e atrapalham nossa convivência com o nosso Pai Eterno. Acaba que não existindo um real desejo pelo céu e sim um medo do inferno! Serve-se a Deus por medo do diabo! Eu hein!

Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. ( I João 14:16)

Salvos e justificados

Pois quem morreu, foi justificado do pecado.  (Romanos 6:7)

Nós que somos alvos da graça, somos justificados. Somos mortos para o pecado, ou seja, não reagimos aos apelos e desejos carnais, no sentido de vivermos sob sua influencia absoluta.

Ainda que haja a presença de atos de pecados na vida do salvo, não há, porém, os hábitos, uma vez que não somos mais servos dele, no sentido de lhe obedecermos cegamente.

    Não há ausência total em nosso corpo mortal, mas não há influencia em nossa vida.

Por que? Porque nossas vidas em Cristo, hoje, não estão mais expostas ao bel prazer da carne!

“Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus”. (Colossenses 3:3)

Irmãos, nós, em Cristo, morremos para o pecado, como já afirmei. Ainda que , por uma herança adâmica, a natureza pecadora esteja presente em nós, ela já não nos domina mais. Mesmo que a mesma queira nos induzir ao erro, ao pecado. Mesmo que ela viva em nós, não vivemos mais para ela; esta é a diferença! Ele está em nós, nós não estamos nele!

...Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? (Rom.6:02)

Irmãos, pelo o que o pecado fez em nossas vidas, também, recebeu seu pagamento, uma vez que Cristo veio e se fez carne e o venceu. Ele, o pecado, que tinha pleno domínio de todos aqueles que nasciam neste mundo, em Cristo, que nasceu neste mundo, ele encontrou o oponente que o subjugou:

“Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne”... (Romanos 8:03)

Eu creio no que está escrito na Santa Escritura:  Que a salvação é uma atitude independente de Deus, que eu pela fé já recebi. Se como filho que eu sou hoje, por um acidente de percurso a vir ter um ato pecaminoso em minha vida, como filho de Deus serei corrigido por Ele; disciplinado para que continue a participar de Sua Santidade.

Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. (Hebreus 12:10)

Aqueles que vivem entre nós, que parecem ser espertos, vivem uma vida desregrada, num primeiro momento tudo indica que eles estão vivendo na prosperidade; dando tudo certo para eles, sem que Deus não lhes faça nada, cuidado. Isto pode ser um indicador de que não são filhos. Deus só corrige seus filhos. Há muitos entre nós, vivendo como filhos: Dão glorias, cantam, falam em línguas, profetizam, mas estão sem disciplina, não são filhos legítimos!

São ilegítimos, bastardos. Deus não os corrige porque não espera nada de bom desses.

Estão reservados para a condenação.

Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos.  (Hebreus 12:8)

Vigiem!

Paz.