Nós somos salvos, como todos sabem, pela graça. Está tudo certo, é só isso? Não. Ser salvo é ser elevado ao alto padrão de vida, o que em pecado, em consequencia da queda, seria impossível. Vivemos esta nova vida agora, a antiga vida de pecado, maldição e miséria espiritual, ficou para trás. O interessante desta nova vida, é que ela é vivida por Cristo em nós! " Já não sou eu quem vive,mas Cristo vive em mim".

A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. 
(Gálatas 2:20)

Ao tomarmos conhecimento disso tudo, só aumenta a nossa responsabilidade diante de Deus e da sociedade. Porisso, não basta sermos salvos, em termos de vida eterna, sim, mas, na questão prática, não. A salvação traz consigo o compromisso de vivermos agradalvelmente a Deus, em tudo.

Ao falarmos que somos salvos, simples assim, alguém, levianamente, pode afirmar: Tudo bem: Então posso pecar à vontade, sou e serei sempre salvo!

Primeiro: quem é realmente salvo, não falaria e nem pensaria assim. Segundo: A pessoa consciente de sua salvação buscará sempre andar dignamente, como está escrito.

– Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe

 em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus (Col 1:10)

Completando com o que nos diz Paulo:

“Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna”. (Romanos 6:22).

Salvos, somos libertos do poder do pecado, da presença de satanás, definitivamente. Embora, por mantermos a natureza adâmica em nós, o pecado estará presente também, sobre outra perspectiva.

Quando as pessoas pensam que por serem salvas (nem todas são!) podem fazer de tudo, que estará tudo certo, se engana terrivelmente; uma vez que há a lei da reciprocidade, todos colhem o que plantam. Está escrito: " Guarde bem o que tens, para que ninguém tome a sua coroa"( Apc. 3:11).  

Ainda que não haja risco  de perdermos a salvação,nossa recompensa podemos perder. Um dia, nós estaremos no tribunal das obras.

Será um julgament do trabalho do cristão feito para Deus. (I Co.3:8,14,15; 2 Co. 9:6). Não se trata de julgamento dos pecados do crente. Nossos pecados já foram julgados em Cristo, pela misericórdia e graça de Deus. (2 Co.5:21; Gl.3:13; Jo 5:24; Rm.8:1). Também não é julgamento quanto o nosso destino eterno. Nossa salvação não depende daquilo que faremos para Deus, mas daquilo que Deus fez por nós através da obra redentora que Jesus consumou uma vez para sempre. (Hb. 7:27).O julgamento das nossas obras perante o tribunal de Cristo mostrará como administramos aqui nossos bens, dons, dádivas, nossa vida, energias, dotes, talentos e tudo o que de Deus recebemoso

                        A salvação não se perde, pois é um dom gratuito de Deus, no entanto o galardão sim. 

SALVOS E PECADORES?

Como dizia Agostinho: “Non posso non pecare”. A presença do pecado em nossa carne é uma realidade incontestável, e, será assim, até acontecer a redenção completa. Mas, o pecado que reinava absoluto em nós, agora não domina mais, pois somos nascidos de Deus, e pecado foi enfraquecido.

Você, por causa do ensino de sua igreja, pode me dizer: - “Todos nós somos pecadores, eu peco, você peca, todos pecamos”!

Agora, eu pergunto: A quem você serve; a Deus ou ao diabo? Com certeza, que me responderás: - A Deus, claro!  Mesmo assim és um pecador?

Leia: “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo”. (I João 3:8)

Se Jesus veio desfazer as obras do diabo, resultado da presença do pecado na terra, como elas estão na tua vida, ainda?

Aí esta: “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus”. (I João 3:9)

A questão é como já afirmei acima: Presença e não influência.

      Não temos mais uma vida de prática contumaz de pecado.

         O pecado vive em nós, mas, nós não vivemos no pecado! 

   Não dependemos dele mais! Não é, para o salvo, uma necessidade, mas uma fatalidade.

E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu (I João 3:5-6)

                                                           O que você me diz? Você é um pecador?

Antes da resposta medite nisso: “Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele”. (Romanos 6:2)

                                               Perdemos nossa salvação, assim, como dizem muitos?

Muitos afirmam que podemos perder nossa salvação: Que o diabo pode roubá-la, que podemos perdê-la...

E, em tempo que se fala excessivamente do inimigo - não que se trate de um assunto proibido, mas, note, eu disse, excessivamente.

No que tange a nossa salvação, não há nada que ele possa fazer, para acabar ou roubar nossa salvação. Eu digo mais ainda: Nem nós mesmos podemos perdê-la. Nem que pecássemos, isto seria possível. Salvação é dom irrevogável do Pai para os filhos. Mas, porque não podemos coloca-la em risco? Porque a salvação não se trata de ato humano; nem nasce de nós.

                                                   Foi um ato soberano e independente do altíssimo

“Dou-lhe s a vida eterna e nunca hão de perecer e ninguém os arrebatará da minha mão. Meu Pai que mas deu, é maior do que todos e ninguém as arrebatará da mão do meu Pai. Eu e o Pai somos um”. (João 10:28-30).

Viu? Ninguém tem poder para nos arrebatar das mãos do Cristo. Quem garante é aquele que é maior do que todos, você leu? Ou seja: Nesta questão e em todas as questões, Deus não tem adversário a altura.

                                  A salvação, como será lido abaixo, trata de uma decisão de Deus.

Para que o diabo pudesse roubá-la, como querem a maioria cristã, ele teria que ir até a Deus, enfrentá-lo e derrota-lo. Está escrito que a nossa vida (a nova vida) está escondida com Cristo em Deus.

“Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”.  (Colossenses 3:3)

Então, estamos mortos: Mortos para o mundo, para o pecado e para satanás. Ou seja: inacessíveis aos nossos opositores. Vivos para Deus, com está o controle de nossa vida. Mortos aqui e vivos para Deus, espiritualmente falando.

Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?     (Romanos 6:2)

“Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos” (Romanos 6:8)

A salvação não é algo estático, ou, sem vida.  Ela age, opera na vida do crente, no sentido de sufocar as obras carne, dando passagem às coisas do Espírito. Não existe salvação (resultado) sem frutos, sem boas obras. Deus preparou essas boas obras para que andássemos nelas.

Quando pensam não tem responsabilidade alguma no quesito salvação, erra.

Entendo que os que vivem uma vida desregrada, indica que o poder da salvação não está agindo em sua vida.

Não se esqueçam da Palavra de Cristo, que nos informa:

“E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo”? (Lucas 6:46)

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus”.

(Mateus 7:21)

Vejam que nossas obras não garantem nossa entrada no Reino, e, sim, as obras que Deus preparou para que andássemos nela. Andar, não é dar passos, fala em conduta, postura e estilo de vida.

Esta nova condição de vida, não vem do meu querer simplesmente; sozinhos não faremos nada. Por quê? Não se trata de esforço e sim de entrega, rendição, para que o Espirito Santo faça o seu trabalho. Tem gente que luta, luta, para cumprir a Palavra, quando na verdade é uma questão de rendição a Cristo.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. (Efésios 2:8-10)

Então, se alguém andar ou praticar coisas erradas, mesmo assim, será salvo, sim.

“A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um”. (I Coríntios 3:13)

E:

“Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. (I Coríntios 3:15)

O que muda? A recompensa! A forma. Haverá distinções em relação aos galardões (Ler: I Cor. 3:10-15)

“Lembrando que, nossa vida refletirá o que somos hoje": “Novas Criaturas”.

Zaqueu é um exemplo claro: No encontro com Cristo sua vida sofreu uma tremenda transformação. Ninguém disse para ele o que fazer. Sua mudança e o desejo de reparar possíveis erros do passado, indicavam que Zaqueu se tornara um novo homem. Disse Jesus: “Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão”. (Lucas 19:9).

A decisão daquele homem demonstrava sua salvação.

"Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e que acompanham a salvação, ainda que assim falamos ". (Hebreus 6:9)

Voltando ao tema, a salvação é um dom de Deus, e, como está escrito, é gratuito. E, não há nada na Palavra de Deus que indique que podemos perder a salvação.

“Todo o que o Pai me der vem a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. (João 6:37)

E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. (João 10:28)

                           Todo o que é de Deus virá a Cristo.

Jesus afirmou: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, o não trouxer” (João 6:44)

Concluindo:

“A Bíblia que nos fala da salvação, também nos orienta a andar de maneira que agrademos a Deus, através do Espírito Santo, nosso guia, a quem devemos, agora seguir. Caminhar pelo Espírito, é caminhar pela verdade, é um caminhar de aprendizagem, de ouvir o que Ele tem a dizer, em nome de Cristo nos revelando-nos a estrada a seguir”.

“Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir”. (João 16:13)  

Ao aceitar Cristo o crente recebe o Espírito Santo. O mesmo não o abandona mais. E, como podemos perder a salvação com a presença definitiva em nossa vida. Esta é a promessa do Senhor: Eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. (João 14:1)