Itanhaém - SP

TENHO PECADO, MAS NÃO SOU PECADOR

17/09/2011 16:44

 

Bp. Lucas Eugênio

Esta é uma controvérsia, que, pelo menos para alguns, cheira heresia. Só, que antes de julgamento precipitado, leia com atenção. Lembro que tenho artigos que geram discussão. Por exemplo: Deus não nos prova. Você ainda carrega cruz? Cruzes!

Li estudos sobre o tema nos quais os autores dizem que não gostamos de confessar que somos pecadores. É verdade. Pelo menos no meu caso. Não me sinto a vontade, por uma convicção pessoal, de me dizer que sou um pecador. Não creio que o sou mais. Este tipo de declaração deixa a impressão de que o que Cristo realizou através da cruz, não nos adiantou nada. Meu pensamento não contraria a Bíblia, só seus comentaristas, extremamente ortodoxos.

O que eu sei é que fica bem claro na Palavra de Deus, de que o pecado não nos domina mais.

Diz que o nosso velho homem foi com Cristo crucificado para que o corpo do pecado seja destruído e não sejamos mais escravos do pecado (Rm 6:6) Se eu fui justificado ao morrer com Cristo, como posso ser condenado? (Vs.7)

Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos. (Vs12)

Se eu posso permitir ou não, quer dizer que eu recebi autoridade para não ser mais escravo do mesmo! Eu o autorizo agir em minha vida ou não!

Eu afirmo tranquilo, tranquilo, que temos o pecado, mas o pecado não nos tem mais.

Na Bíblia está escrito: “Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”. (I João 1:8) Eu não afirmo que não o temos, afirmo que não somos pecadores, como é comum afirmarmos; até em nossas orações: “Senhor, sei que sou pecador...” Talvez até por um desejo oculto de justificar-nos antes de qualquer decisão de Deus.

O pecado está em nós, não como antes, no controle, intimidando-nos, submetendo-nos, a seu bel-prazer. Ele está em nós, Paulo afirmou isto, no capítulo sete (7) de sua carta aos Romanos.

“Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim

Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim”.

Este, conforme entendemos é o que perdeu a força, e o mal faz dele o que bem quer!

Ai que está: O pecado habita, está em nosso coração, esperando a oportunidade de assenhora-se da velha casa. Ele é como um cachorro, que solto morde-nos, mas preso, só pode nos atingir se entrarmos no espaço de seu domínio!

Olha estes versículos: “Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. Então a cobiça, tendo engravidado, dá à luz o pecado; e o pecado, após ter-se consumado, gera a morte”. (Tiago 1:4, 5)

Eu creio no diz a Palavra de Deus, embora reconheça que em nós a velha natureza, com suas obras, faz-se presente, sem a antiga liberdade em nosso interior, uma vez que nossa vida está escondida com Cristo em Deus. (Col 3:3)

E, se antes, estávamos sob o domínio desta antiga natureza em Adão, com o novo Adão, Jesus, nascemos de novo. Quer dizer: Fomos de novo gerados. Assim, o maligno não pode tocar-nos, envolver-nos, como antes, nem estamos no pecado mais. Ele em nós, nós em Cristo!

“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; aquele que nasceu de Deus o protege, e o Maligno não o atinge” (I João 5:8).

O pecado é um veneno que mata; não o tomemos, então.

Mesmo assim, se o confessarmos, ai sim, Deus é fiel e justo para nos perdoar.

É certo que muitos poderão usar a declaração de Paulo quando este diz que ser o pior dos pecadores, para me rebater. O que Paulo afirmou que se a misericórdia serviu para o maior de todos os pecadores, pois ele perseguiu a igreja, quanto os outros, que por sua ótica e humildade, cometeram erros inferiores. É uma afirmação positiva, não negativa.

Mas, por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna.

Assim ele se considerava, sem Cristo, embora de boa mente, na ignorância, cometeu uma série de maldade, o maior ou pior dos que foram salvos pela misericórdia de Deus.

Eu não me sinto um pecador. Não declaro isto, não rejeito o bem que me foi feito na Cruz. A morte do meu Mestre não foi em vão, causou a mudança de comando em minha vida. Onde Cristo reina o pecado não prevalece. Pode ocorrer de um cristão tropeçar, dar lugar ao pecado, mas agora é exceção, não regra.

Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo. (Hb. 9:26)

Eu creio nisso: Ele apareceu uma vez por toda para aniquilar, athetesis, no texto grego em pauta, não quer dizer destruição. Ela vem de atheteo, “anulou sua força”, “tornar sem efeito”, “frustrar”, o pecado.

Ele não acabou com o pecado, mas anulou sua influencia em nossas vidas.

Está escrito ainda:

Vocês sabem que ele se manifestou para tirar os nossos pecados, e nele não há pecado. Todo aquele que nele permanece não está no pecado. Todo aquele que está no pecado não o viu nem o conheceu. Filhinhos, não deixem que ninguém os engane. Aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo.

Aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo (I João 3:5-8)

Como já escrevi, não sou pecador, no sentido de viver na prática, não erro o alvo, consciente e ativamente, estou em Cristo, as coisas velhas passaram, o que eu vivo hoje, vivo na fé na obra perfeita do meu Salvador.

“TUDO É NOVO AGORA, ATÉ MEU CORAÇÃO!


“Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal”. (Hebreus 5:14)

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