Itanhaém - SP

UM TEMPO DE RESTAURAÇÃO - Pr Lucas Eugênio

02/11/2011 16:02

Bp. Lucas Eugênio

Em João 5, encontramos uma passagem por demais conhecida da Igreja.

Nela, vemos um homem sobre uma maca paralisado, diante de uma fonte, que acreditavam os Judeus, que um anjo vinha e agitava suas águas produzindo cura sobrenatural. O nosso personagem, então, se estava lá naquele ambiente, é porque acreditava nisto também.

Note algo, este homem tem uma representatividade importante: Havia uma festa, segundo lemos no texto, e, ele, juntamente com os outros sequer estavam lá, é figura de alguém excluído da festa. É isso: “ali havia uma massa de vidas impedidas de participar da festa dos judeus por causa de sua miséria”. Multidão jogada ao relento, num lugar de tragédias e sofrimentos, sem direito a festejar.

Porém, quando todos iam para a festa, subiam muitos para Jerusalém nesta época e com Jesus não seria diferente; Ele foi para festejar. Mas, antes de chegar à festa, algo o faz mudar de itinerário! Ele vai à fonte Betesda, na porta das ovelhas, por onde passavam os rebanhos de ovelhas que seriam sacrificadas no templo, encontrar o paralítico, e se transformar em o único meio de salvação daquele ser rejeitado.

Jesus então toma a iniciativa e chega até o necessitado e pergunta, se ele queria ser curado.

Jesus sabia que ele estava naquelas condições há muito tempo, e, portanto num avançado estado de enfermidade, que talvez, o deixava próximo do fim. Trinta e oito anos, este é o seu tempo de sofrimento. Este número (38) (quase quarenta anos) é emblemático, pois, na Bíblia, significa o tempo de uma geração.

No Antigo testamento tal número era usado para indicar um período longo e homogêneo, por exemplo, o de um reinado, ou de um tempo de paz. Também o povo de Deus caminhou quarenta anos pelo deserto, onde morreu toda a geração que saiu do Egito, sem poder chegar à terra prometida. Neste sentido deduz-se que esta doença acompanhava a vida toda deste homem. Está, portanto, no final de sua vida, e, é neste momento que Jesus se aproxima dele. A duração dos 38 anos encontra-se em Dt 2,14, indicando o tempo que durou a caminhada do povo eleito, até que toda aquela geração foi extinta da terra.

Eis o motivo de Jesus ir exatamente a este homem: Ele estava chegando ao fim da vida; em estado terminal.

O paralítico oferece ao Mestre, em reposta a possibilidade de cura oferecida a ele; resistência.

Ele não acreditava que alguém fosse capaz de ajuda-lo, não aceita a mão estendida de Jesus, porque estava sem esperança. Jesus não aceita a negatividade dele e ordena a benção e o cura. Ao curá-lo, acontece um milagre mais que físico: acontece um resgate da dignidade do cidadão então enfermo. Até ali, ninguém, na verdade, se interessara por ele. Como o homem havia dito: “Ninguém me ajuda...”. Ninguém estendera as mãos para ele, sempre foi atropelado no seu interesse e desejo por uma cura. Era visto como um estorvo da sociedade.

Ainda que ele não demostrara nenhum empenho ou esforço para sair daquela situação, Jesus se interessou por ele. Este é jeito de Jesus ser. Ele vai atrás do necessitado, em busca de alguém que precise de ajuda, do rejeitado, do solitário, oferecer-lhes o milagre.

Depois do milagre, o paralítico foi visto, notado.

“Pelo que disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito”.

Agora ele deixou de ser um ninguém, foi enxergado, observado. A questão não era o sábado em si, a questão é que aquele homem esteve ali sempre e ninguém lhe oferecera ajuda, pois no entendimento dos religiosos, quem estava nas condições em que ele estava era porque se tratava de alguém que merecia; era um pecador!

Completo, esta primeira parte da mensagem, dizendo que o mesmo Senhor, vem a este lugar para recuperar vidas, devolver a dignidade, levantar o que está caído e oferecer as curas necessárias e tirar você da solidão.

Hoje o Senhor fará com que sejamos notados. Creiam!

 

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